NOTICIAS DE SÃO JOSÉ DE MIPIBU E REGIÃO.


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quinta-feira, 26 de março de 2015

SÃO JOSÉ DE MIPIBU – A GREVE E SEUS RESULTADOS


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A paralisação das aulas na maioria das escolas da rede pública de ensino do município de São José de Mipibu, deflagrada pelo SINTE/SJM, motivada pela campanha salarial da categoria, que de forma justa defende os interesses dos educadores, merece caminhar pelos caminhos da resolutividade ao invés de travar um embate com final conhecido e prejudicial aos professores e estudantes.
O prefeito Arlindo Dantas, na tentativa de preservar a boa gestão, enviou à Câmara Municipal um Projeto de Lei que visa corrigir acúmulos indevidos na folha de pessoal dos servidores públicos municipais, abrangendo naturalmente todas as categorias, possibilitando ao município o cumprimento das determinações impostas pela Lei de Responsabilidade Fiscal e a legislação brasileira.
Não concordando com a medida governamental os representantes do SINTE/SJM convocaram os educadores e, em assembleia, aprovaram o indicativo de greve achando ser esse o melhor caminho para reverter a situação.
A lei encaminhada ao Legislativo e contestada pelo SINTE/SJM beneficiava centenas de educadores com os aumentos de 13% e 26%, que deveriam rechear os contracheques dos servidores no final deste mês de março.
Com a manutenção da greve defendida pelo SINTE/SJM, os professores serão penalizados com a ausência dos aumentos e os descontos dos dias não trabalhados, causando prejuízo no bolso dos trabalhadores da educação, uma vez que o município não pode pagar salários por serviços não realizados, ainda mais com uma greve decretada e os  professores ausentes das salas de aula. Se o prefeito agir diferente abrirá precedente para um processo na justiça por improbidade administrativa.
Nesse contexto, só não serão prejudicados com os descontos dos dias não trabalhados os dirigentes do SINTE/SJM, que não têm vinculação de carga horária nas escolas. Os demais professores que estão na greve e que são vinculados à sala de aula arcarão com a redução salarial em virtude da paralisação.
O caminho mais viável seria o SINTE/SJM contestar a decisão do município na Justiça e aguardar a decisão. Continuar com a greve e ficar caminhando pelo centro da cidade cansa a população, empobrece o movimento e prejudica financeiramente os professores.
Como as aulas não dadas em decorrência da greve ainda são poucas, nada impede de os professores sensibilizarem os dirigentes do SINTE/SJM em pactuarem com o município, no sentido de criar um calendário de reposição das aulas não dadas para garantir o pagamento integral dos salários no mês em curso, enquanto a Justiça decida sobre a legalidade ou não da questão referente ao quinquênio. Só na Justiça se resolve essa situação, pensar diferente é querer mudar o foco da luta.
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A categoria dos Agentes de Saúde, que também abriram luta por melhores condições de trabalho e conquistas salariais, não fecharam as portas do diálogo com o município. Os representantes dos ACS apresentaram reivindicações pertinentes às aspirações da categoria, deixando as questões mais complexas para serem discutidas nos fóruns legais, na Justiça, demonstrando total seriedade com as finalidades do Sindicato.
Transcrito do Blog de DALTRO.

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