Dia Mundial de Combate à Violência Contra a Mulher recebe homenagem

Por proposição do vereador George Câmara (PCdoB), uma sessão solene foi realizada na noite de ontem (25) na Câmara Municipal de Natal em alusão ao Dia Mundial de Combate à Violência Contra a Mulher. A iniciativa também marcou o lançamento oficial da campanha "16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres", que visa promover a igualdade de gênero, a defesa de direitos e sensibilizar a sociedade sobre a necessidade de enfrentamento aos atos de violência e preconceito.

Participaram da solenidade representantes da Secretaria Municipal de Políticas para as Mulheres (Semul), do Conselho Municipal da Mulher, do Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN), da Assembleia Legislativa do RN e os vereadores Hugo Manso (PT), Júlia Arruda (PSB) e Eudiane Macedo (SDD), além de integrantes de movimentos sociais, líderes comunitários e sociedade civil.

"Esta jornada de 16 dias possui forte simbolismo, porque começa no dia 25 de outubro, data marcada pelas lutas afirmativas dos movimentos de mulheres, e vai até 10 de dezembro, que é o Dia Internacional dos Direitos Humanos. Portanto, representa um convite para as pessoas refletirem sobre estas questões, fundamentais para a vida humana", destacou o vereador George Câmara. "É preciso que a sociedade esteja mobilizada pela garantia de direitos para as mulheres e contra práticas de violência física, sexual, doméstica, psicológica, moral, entre outras", completou.

A professora e ativista do movimento feminista, Udymar Pessoa, disse que todos os tipos de violência, tem suas interfaces. "Devemos observar com mais atenção para ocorrências do dia a dia. Pois durante nossas rotinas diárias estamos sendo violentadas com agressões verbais, gestos obscenos, principalmente no trânsito, assédios morais e sexuais, quase todos de forma dissimulada e sistêmica".

Embora muitos avanços tenham sido alcançados com a Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/2006), ainda assim, hoje, contabilizamos 4,4 assassinatos a cada 100 mil mulheres, número que coloca o Brasil no 7º lugar no ranking de países nesse tipo de crime. De 1980 a 2010, foram assassinadas no país perto de 91 mil mulheres, 43,5 mil só na última década. O número de mortes nesses 30 anos passou de 1.353 para 4.297, o que representa um aumento de 217,6% - mais que triplicando - nos quantitativos de mulheres vítimas de assassinato.