Deputado estadual pode ser o futuro candidato a vice-governador na chapa de Robinson Faria, do PSD, decisão marcada para hoje!
Alex Viana/ Jornal hoje.
O deputado estadual Fábio Dantas (PC do B) disse hoje que “o Rio Grande do Norte não tem preço”. A declaração, em entrevista ao “Jornal da Cidade” (94 FM), surge dias após a polêmica defecção da deputada estadual Gesane Marinho (PSD), do partido do vice-governador Robinson Faria (PSD), que aderiu à pré-candidatura do deputado federal Henrique Eduardo Alves (PMDB) a governador nessas eleições. Gesane
alegou dificuldades para a reeleição na coligação do vice-governador,
desistindo da candidatura e anunciando apoio integral à chapa que terá
Henrique candidato ao governo e a vice-prefeita Wilma de Faria (PSB)
disputando o Senado. “O
sentimento da população é de independência muito grande. As pessoas
querem ser livres para escolher em quem votar. O RN não tem preço, o RN
não tem valor. O único valor que a população quer para o RN é mais
saúde, segurança, mais educação, mais mobilidade, mais, mais e mais. O
povo quer mais”, afirmou Fábio, durante a entrevista.
A
crítica do parlamentar ao acordo liderado por Henrique foi além. Ele
afirmou que o Rio Grande do Norte não se resolve apenas com “poder”. Em sua avaliação, “as pessoas que estão à frente de uma campanha política têm que dizer à sociedade como vão fazer mais”. E acrescentou: “Ninguém
vai construir uma sociedade melhor ouvindo apenas quem está no poder
não. Nós temos que ouvir todos e a partir disso construirmos uma nova
prática que é responsabilidade de todos. Eu não vejo isso nesse contexto
que está sendo construído, de união de todas as forças políticas dos
últimos quarenta anos. Porque essas pessoas não pensam como os jovens de
hoje. Talvez pensem como os governantes que vêm de lá para cá”. Ao
falar que o palanque em torno de Henrique reúne as forças políticas
tradicionais que governam o estado há quatro décadas, Fábio Dantas
refere-se aos apoios já consagrados ao pré-candidato do PMDB nessas
próximas eleições, sobretudo, dos ex-governadores Wilma de Faria (PSB),
Garibaldi Filho (PMDB), José Agripino (DEM), Geraldo Melo (PMDB),
Lavoisier Maia (PSB) e Vivaldo Costa (PROS). Além disso, agrega a esse
palanque lideranças políticas satélites, como o deputado federal João
Maia (PR) e, hoje, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado
Ricardo Motta, dentre outras.
Segundo Fábio,
“as pessoas que estão à frente de uma campanha política têm que dizer à
sociedade como vão fazer mais. Não é apenas com um simples discurso que
tem poder e o poder vai trazer as mudanças que a população clama não. O
que o povo quer é ser ouvido. Governar o estado do Rio Grande do Norte,
governar o elefante, não é fácil, a governadora Wilma já dizia isso na
gestão passada”.
Fábio ressaltou, ainda, “o desafio de não fazer parte desse grupo político”, algo que o “instiga e motiva”. “Por que (esse grupo de políticos) não se reciclaram”, acrescentou, destacando que, para eles, “a fórmula de construir o poder ainda é a mesma”. E disse: “Quando
você vê o afinamento para vencer uma eleição, sem colocar na pauta como
a população pensa, aí você começa a colocar todas as tribos juntas, sem
se lembrar que as tribos têm cor, sentimento e cultura. A população vai
julgar essas mesmas pessoas”. Fábio realçou, por fim, que as pessoas nas ruas estão comentando e dizendo que o “poder é muito grande”. Segundo ele, “as
pessoas ficam assustadas e dizem assim: vai ter que ser esse grupo
político o vitorioso; eu penso diferente, que a disputa é muito salutar,
principalmente a divergência, e o principal disso, o sentimento de cada
um poder dar a sua opinião”, afirmou, salientando que, em caso de vitória eleitoral, “quem
vai governar o estado não vai receber a opinião de ninguém, porque o
seu grupo está fechado com todos esses compromissos enormes de governar o
Rio Grande do Norte”, disse ainda.
“PMDB governou e governa com Rosalba Ciarlini”
Para Fábio
Dantas, foi o PMDB, do deputado Henrique Alves, quem governou o Rio
Grande do Norte durante o governo Rosalba Ciarlini, fruto de opção
política errônea da governadora do Estado, pensando em ter, através do
ministro da Previdência, Garibaldi Filho (PMDB), e do hoje presidente da
Câmara dos Deputados, acesso ao governo federal. Segundo
Dantas, além de ter participado massivamente da gestão Rosalba, o PMDB
continua governando o estado, através de peemedebistas que ocupam postos
chaves na administração. “Foi
o PMDB quem governou o RN nesses últimos quatro anos e continua
governando. Se olhar a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Silvio
Torquato, é tio do deputado Gustavo Fernandes (PMDB). Se chegar à
Emater, o ex-prefeito de Nova Cruz é do PMDB. E tantos outros que fazem
parte do governo”, afirmou. Segundo
Fábio Dantas, a presença maciça do PMDB na gestão Rosalba é fruto de
erro político de Rosalba, sobretudo porque Rosalba quis permanecer no
DEM, quando poderia ter ingressado numa legenda da base da presidente
Dilma Rousseff (PT).
“A opção dela foi governar para ter acesso fácil a Brasília. Poderia
ter tido isso indo para outro partido. Então, ela começou errada no
campo político”.
O deputado apontou a “esterilização da governadora”, não concordando com a forma como tiraram da governadora a oportunidade de disputar a reeleição. “O
RN é o único estado brasileiro que a governadora não poderá ser
candidata à reeleição por decisão do próprio partido. Ela que destoou
porque não quis trair o seu partido quando teve opção de ir para o PSD.
Paga o preço pela confiança do seu grupo político”. Para Fábio, quem deveria julgar a governadora seria o povo, não o partido. “Desse
ponto de vista, eleição começa diferente, porque não teremos o
candidato natural. Natural seria disputar e se estivesse bem ser
reeleita. Mas quem se inviabilizou foi ela”. O
parlamentar também teceu críticas no campo administrativo a Rosalba.
Segundo ele, a governadora não conseguiu vencer a guerra da segurança e
da saúde, inviabilizando o próprio governo. “Teve
cantos bons como infraestrutura, como uma secretaria muito eficiente. A
Educação continuou o que tinha. A Agricultura pecou muito”, afirmou.
Fábio
encerrou a entrevista vaticinando que a eleição deste ano para o
governo será duríssima, com o voto a voto sendo disputado até o final. “Pode
escrever o que eu estou dizendo: essa eleição vai ser voto a voto e as
urnas vão decidir de uma forma totalmente diferente do que alguns
analistas políticos pensam”, afirmou, ressaltando o trabalho de mapeamento estadual nos municípios a respeito de quem apoia quem. “E
eu comecei a fazer para essa majoritária; surpreendi-me bastante,
porque a maioria das cidades do Rio Grande do Norte vai dar uma resposta
totalmente diferente do que está sendo pensado e avaliado por todos
eles. A eleição é uma eleição atípica e vai ser decidida nos últimos
instantes, diferentemente até – eu vou relembrar – 1998, quando todos
diziam que a maioria do governador Garibaldi, candidato a reeleição, era
200 mil votos, foi 2700 votos, e o povo, se soubesse daquilo ali, tinha
tido segundo turno. Essa agora não vai ter segundo turno não, ela vai
ser decidida no primeiro turno”.
Matéria retirada gentilmente do BLOG. http://coqueironoar.blogspot.com.br/2014/06/rn-fabio-dantas-manda-recadinho-ao.html
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