Com o rompimento do vice-governador Robinson Faria com a governadora Rosalba Ciarlini, Gesane ficou com Robinson, que dividiu espaços eleitorais no Agreste para a filha do ex-prefeito de Canguaretama.
Porém, emissários do Governo passaram a assediar a jovem deputada, com atrações de espaços na administração Estadual e garantias políticas em sua Região, desde que abandonasse a sigla comandada pelo vice-governador para voltar ao seu partido, o PMN, ainda gerenciado pelo deputado Antonio Jácome.
Para ‘forçar’ Gesane a aceitar a volta ao PMN, os emissários governistas tentam tranquilizar a parlamentar a respeito da infidelidade partidária, dizendo que não há riscos na mudança de sigla. E, se houver, estes serão resolvidos aqui no Tribunal Regional Eleitoral por Carlos Augusto Rosado e lá em Brasília, no Tribunal Superior Eleitoral, pelo deputado Henrique Alves e pelo senador José Agripino.
O fato é que o risco de perda de mandato é grande. Afinal, não depende dos políticos o questionamento jurídico da infidelidade. Quem vai em busca do mandato da parlamentar infiel é o Ministério Público Eleitoral, exercido pela Procuradoria da República no RN.
Outro detalhe que pode prejudicar Gesane Marinho é o tempo que resta para tentar renovar seu mandato atual. A eleição será somente daqui a três anos, o que certamente é muito tempo para ficar sub judice, ou na dúvida jurídica a respeito de saber se vai perder ou não o mandato.
Certamente que em menos de três anos a Justiça Eleitoral terá julgado o caso da infidelidade. E, como não há justa causa, ou algo que justifique a saída do partido atual, Gesane Marinho perderia o mandato, o que criaria dificuldades para a tentativa de voltar à Assembleia em 2014.
Um exemplo de prudência e receio diante da infidelidade partidária é o deputado Vivaldo Costa, que foi assediado para migrar do PR para o DEM, mas não aceitou as pressões e nem acreditou nas promessas de solução jurídica para eventual cassação do mandato.
Vivaldo preferiu ficar no PR, mesmo contrariado com as divergências com o deputado João Maia. O ‘Papa’ não quis aventurar e correr o risco de ficar sem mandato.
Por Túlio Lemos
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